100 anos de Saramago

No Colégio Ribadouro, a comemoração iniciou na antevéspera do Dia S com a viagem de um grupo de alunos até ao Centro Cultural de Belém, tendo em vista o acompanhamento da entrega do Prémio Saramago (promovido pela Fundação Círculo de Leitores, com o apoio da Fundação José Saramago, da Porto Editora e da Globo Livros) ao escritor Rafael Gallo, pela obra “Dor Fantasma”. Do discurso do vencedor brotou um humanismo e humildade ímpares, que a todos comoveu.

No Colégio Camões, pelas 10 horas do Dia S, sob a égide da iniciativa Leituras Centenárias da Fundação José Saramago, em parceria com o Plano Nacional de Leitura e com a Rede das Bibliotecas Escolares procurou-se que a comunidade escolar camoniana parasse para ler e ouvir um excerto da obra “Memorial do Convento”. Foi um mau tempo para comemorar, pois as bátegas de água trouxeram consigo guarda-chuvas empapados e o desassossego da roupa molhada. Todavia, os produtos não foram em branco. Os excertos lidos, os saramaguinhos construídos e as cartas escritas desfizeram a cegueira e tornaram o uivo bem mais audível.

O Colégio da Trofa não poderia ficar indiferente e associou-se igualmente a esta nobre celebração: inaugurou-se a Praça Saramago, com um mural pintado por alunos e professores; desafiou-se, em articulação com a Biblioteca Escolar, toda a comunidade a trazer um livro durante a semana e com a finalidade de promoção da leitura colocou-se em marcha o projeto 100 anos, 100 minutos. Foram momentos enternecedores, pontos de partida para uma celebração que se quer para a vida, porque “O viajante volta já!.”

Lembranças de luz em dias de sombra, pois “Fisicamente, habitamos um espaço, mas, sentimentalmente, somos habitados por uma memória” (José Saramago).